Apresentação de Palmas Para o Esquilo (Kingpin Books, 2013), com o editor Mário Freitas, eu e Pedro Serpa. Palmas Para o Esquilo, escrito por mim e desenhado por Pedro Serpa, está nomeado para três Prémios Nacionais de Banda Desenhada: Melhor Álbum, Melhor Argumento e Melhor Desenho.
A entrada da minha exposição David Soares: O Acto da Escrita é um Acto de Autor: «David Soares é um autor multifacetado, cuja obra, que explora diversas linguagens narrativas (a prosa, a narrativa sequencial e a palavra-falada), é composta por romances, bandas desenhadas, livros de contos e de ensaios, assim como discos de spoken word. A palavra é o elo de ligação entre estas linguagens narrativas, que, no universo autoral de David Soares, partilham especificidades, permutam possibilidades e celebram o poder iluminante da imaginação. Em bandas desenhadas como O Pequeno Deus Cego, mas também em romances como Batalha e em discos como Os Anormais, o leitor é, sempre, convidado pelo autor a deixar-se transformar, tanto por imagens de Treva como por palavras de Luz.
David Soares recebeu três troféus de Melhor Argumentista Nacional pelo seu trabalho em banda desenhada e a revista literária Os Meus Livros definiu-o como sendo "o mais importante autor português de literatura fantástica".»
Posto de escuta com o meu disco de spoken word Os Anormais: Necropsia De Um Cosmos Olisiponense (Necrosymphonic Entertainment/Raging Planet 2012), escrito e interpretado por mim e com música e produção de Charles Sangnoir (La Chanson Noire, Karuniiru).
Vitrina com o meu trabalho em prosa.
As caveiras da gruta de Wang, o Castrador, o dragão de O Pequeno Deus Cego, são o Gólgota do 24º Amadora BD. (A concepção cénica e execução da exposição são de Catarina Pé-Curto e Ângela Ribeiro.)
Nesta parede pode ver-se uma amostra do meu trabalho a solo em banda desenhada, com pranchas dos livros Sammahel e A Última Grande Sala de Cinema (Círculo de Abuso, 2001, 2003), escritos e desenhados por mim.
Nas paredes, os visitantes poderão ler impressões dos meus argumentos finais dactilografados, correspondentes aos livros dos quais existem pranchas originais nesta exposição (Mucha, É de Noite Que Faço as Perguntas, O Pequeno Deus Cego e Palmas Para o Esquilo), assim como os meus layouts (planificações das pranchas), que dou aos desenhadores que colaboram comigo para eles seguirem.
Nesta foto, atrás de mim, encontram-se reproduções dos meus blocos de notas com os apontamentos que estiveram na origem de O Pequeno Deus Cego: primeiros esboços de personagens e diálogos e os primeiros layouts pré-argumento dactilografado. Estes layouts pré-argumento dactilografado são a primeira escrita em imagens do livro, antes de serem passados a limpo nos layouts finais pós-argumento dactilografado. No entanto, poderão ver que já correspondem exactamente ao resultado final que se pode ler no livro. Isto acontece, porque, de maneira geral, aquilo que imagino inicialmente nunca se transforma: desde o início que visualizo o livro como um todo; por conseguinte, todas as imagens e sequências que imagino entrosam-se para um desígnio final - tanto na transmissão da mensagem, como naquilo que concerne à transmissão do tom da narrativa. O tom é a voz do livro, paralela à voz autoral. Cada livro tem um tom próprio, que é algo muitíssimo delicado de capturar e, ainda mais, de manter.