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Neste momento, leio um romance esplendoroso, intitulado Mulligan Stew, em que o autor Gilbert Sorrentino vaticinou o nome Google, como título de uma revista fictícia (página 34 do paperback de 1979 da Picador). O que torna inaudita esta invenção é o facto de que o nome Google é um erro de ortografia: Sean Anderson, assistente de Larry Page e Sergey Brin (criadores do motor de busca omnisciente), digitou de forma errada a palavra Googol, enquanto investigava a sua disponibilidade numa base de registos de domínios de Internet. Como é óbvio, o domínio "google.com" estava disponível, mas dezoito anos antes do registo ser feito já Sorrentino cometera, de modo deliberado, o mesmo erro. Será a primeira vez que two wrongs can make a right? Se sim, é a primeira num milhão.
Ou melhor, num milhar de milhões.
Direi mesmo mais: num googolplex.
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