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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Morreu Geraldes Lino



Morreu Geraldes Lino, divulgador, dinamizador, coleccionador e editor de banda desenhada, que conheci há vinte e dois anos, quando o Amadora BD ainda atendia pelo acrónimo FIBDA e se realizava na antiga Fábrica da Cultura. O convívio regular que mantivemos, em eventos, tertúlias, jantares, cafés, saídas nocturnas, às vezes entretecendo fios de colaborações, muitas vezes só pelo gozo da companhia, confirmou-me as primeiras impressões que tive do Lino nesse encontro primevo no FIBDA de 1997: um indivíduo inteligente, perspicaz, afável e até fisicamente fora de série, como prova o entusiasmo dos seus múltiplos caricaturistas. O seu amor e conhecimento pela banda desenhada metia respeito e contagiava.
No desenrolar dos anos nem sempre estivemos de acordo, é certo, mas o Lino possuía a preciosa particularidade de não se rodear somente de quem pensava à sua maneira, evitando assim anquilosar-se numa única perspectiva – lição que nos tempos de hoje talvez faça mais falta que nunca. Com efeito, poderia ser fácil dizer que o Lino pertence a uma geração ou a uma classe especial de indivíduos que, hoje, já não existem – e dizê-lo seria correctíssimo –, mas, mais que isso, o Lino era singular. Acho que nunca conheci mais ninguém como ele.
Mormente, a morte de um indivíduo costuma ter o dom de dissolver nos afectos de quem ainda perdura muito do lastro negativo que lhe estava associado: no caso do Lino nada de negativo existe para dissolver. Foi uma pessoa espantosamente positiva – consensual: tinha muita amizade por todos e todos gostavam muito dele. Por tudo isso, a sua morte é, neste momento, ainda uma irrealidade, uma surpresa chocante. É uma tristeza muito grande.
O velório de Geraldes Lino será amanhã, a partir das 09H30, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa; horas depois, às 16H00, será cremado. 

  

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

terça-feira, 31 de maio de 2016

Sobre a banda desenhada "portuguesa"


Agora que decorre, até 12 de Junho, o XIIº Festival Internacional de BD de Beja, lembrei-me de anotar aqui algumas inquietações sobre a banda desenhada portuguesa.

Em primeiro plano, uma inquietação relacionada com essa designação de «portuguesa», como se houvesse, de facto, uma "escola", diga-se assim, ou um estilo reconhecível que cunhasse com um carácter distintivo, genuinamente português, a banda desenhada feita por autores portugueses. Acredito que não existe nenhum carácter distintivo ou escola dessa natureza, daí que, provavelmente, em toadas mais rigorosas, fosse mais proveitoso falar-se em banda desenhada feita por autores portugueses, embora reconheça, evidentemente, a facilidade comunicacional/discursiva de «banda desenhada portuguesa».

Com efeito, quando se fala em «banda desenhada francesa», «banda desenhada norte-americana» ou «banda desenhada japonesa», pese a diversidade de registos que, tantas vezes, escapam à atenção do público não-especializado, é possível falar-se, nessas latitudes, de escolas ou estilos reconhecíveis - de identidades colectivas.

Ora, não acho que a banda desenhada feita por autores portugueses seja particularizável desse modo; embora me lembre de, pelo menos, quatro algoritmos que têm regulado a produção de banda desenhada feita por autores portugueses:

1) adaptações de clássicos literários e versões de histórias de Portugal (actualmente com pouca expressão);

2) fortíssimo pendor para histórias passadas em ambientes exclusivamente - e abafadoramente - urbanos ou suburbanos, muitas vezes com alguma imagética devedora dos géneros policial ou noir (em principal nos fanzines);

3) domínio quase exclusivo de banda desenhada de autor, auto-editada ou não, com pouquíssimas incursões na banda desenhada comercial ou em que figurem personagens principais seriadas;

4) tendência para forte representação de autores portugueses de banda desenhada em produções originais estrangeiras - vulgo, personagens cujos direitos são detidos pelos grupos Marvel Comics-Disney, DC Comics-Time Warner, etc. (situação cada vez mais frequente, mercê da acessibilidade e facilidade de comunicação que a Internet proporciona).

(Imagem: um dos doze painéis sequenciais de azulejos do dito Padrão do Senhor Roubado, em Lisboa (1744), um dos múltiplos exemplos históricos - neste caso, português - de banda desenhada avant la lettre.)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Crítica a «O Poema Morre» na revista Blimunda nº42


Excelente crítica a O Poema Morre (Kingpin Books, 2015) por Sara Figueiredo Costa na revista Blimunda (editada pela Fundação José Saramago). Escreve Costa:

«(...) o que David Soares parece utilizar como matéria-prima do seu trabalho na banda desenhada é aquilo a que poderíamos chamar miséria humana, as vertentes menos nobres da nossa natureza comum, os gestos que guardam a violência, a sordidez, a ignorância, a maldade. Não podia ser mais universal e menos atreito a rótulos de género. (...) O trabalho de Sónia Oliveira acompanha esta vontade de modo orgânico, usando as linhas finas e sinuosas do seu traço como matéria capaz de moldar este retrato cinzento (também na paleta de cores) de um tempo que poderia ser muitos tempos.»

A ler na íntegra nesta ligação: http://www.josesaramago.org/?ddownload=536384


domingo, 1 de novembro de 2015

«O Poema Morre»: Lançamento no 26º Amadora BD

Para quem não pôde ir ontem ao 26º AMADORA BD assistir ao lançamento do livro O Poema Morre (Kingpin Books), escrito por mim e desenhado por Sónia Oliveira, aqui fica o vídeo desse evento muitíssimo participado, ao qual se seguiu uma concorrida sessão de autógrafos. Para a semana, eu e Sónia Oliveira estaremos novamente no Amadora BD, no sábado, dia 7, das 16H00 às 18H00, para autografar exemplares de O Poema Morre. Divulguem e apareçam: obrigado.






quarta-feira, 29 de julho de 2015

Série «Ver BD» publicada no YouTube



Ver BD, excelente (sob todos os aspectos) série documental sobre banda desenhada portuguesa, que foi transmitida em 2007 pela RTP2, está a ser, episódio a episódio, publicada no YouTube. Pedro Vieira de Moura, especialista e crítico de banda desenhada, e Paulo Seabra, realizador, foram os criadores inspirados desta visão única sobre a banda desenhada portuguesa contemporânea, baseada em entrevistas diversas, em especial a onze autores.

Será muitíssimo interessante revê-la, passados quase dez anos após a estreia, e cotejar os cenários aí representados, pelas vozes dos entrevistados, com o panorama que hoje nos cerca, que é bem diferente. Eu sou um dos onze autores entrevistados e sinto-me, também, feliz por ser o autor da vinheta a preto-e-branco que serve de proscénio a todos os episódios: pertence à história Pessoas Comuns, do álbum homónimo que editei em 1999. (Já cá ando há dezasseis anos, a escrever BD e prosa: a gente, por vezes, esquece-se da passagem do tempo.) Em suma, revejam ou descubram Ver BD e, sobretudo, observem e ouçam com atenção.


Agradeço a vossa divulgação.

domingo, 14 de junho de 2015

"Gentleman" de André Oliveira e Ricardo Reis


Gentleman de André Oliveira e Ricardo Reis (Ave Rara, 2015), é revigorantemente bom: adorei! Uma série a acompanhar com toda a atenção: delirante e pertinente.

Podem encontrar Gentleman nas livrarias especializadas em BD (Kingpin Books, El Pep, por exemplo) ou encomendar directamente pelo email: andrealexandreoliveira@gmail.com

Vejam algumas pranchas de Gentleman nesta ligação.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Teaser: primeiras pranchas de «Palmas Para o Esquilo»





Palmas Para o Esquilo
Escrito por David Soares e desenhado por Pedro Serpa
Legendagem de Mário Freitas
Em Outubro pela Kingpin Books


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Apresentação dos PPBD: Prémios Profissionais de Banda Desenhada

Amanhã, pelas 17H30, no auditório da Torre do Tombo, em Lisboa, terá lugar a cerimónia oficial da entrega dos Prémios Profissionais de Banda Desenhada 2013 (PPBD): iniciativa organizada por cinco pessoalidades pertencentes ao universo da BD portuguesa (André Oliveira, Inês Fonseca Santos, Maria José Pereira, Mário Freitas e Nuno Amado) e que tem como objectivo distinguir - em várias categorias - as melhores obras de banda desenhada editadas em 2012. O júri que avaliou as obras a concurso foi composto por diversos autores, editores, críticos e jornalistas, de igual modo pertencentes ao mundo bedéfilo português.

Em Portugal, que já foi definido como sendo não um país, mas um sítio muito mal frequentado, é comum que as iniciativas que promovam a excelência sejam embrulhadas em mantos invisíveis para que não se vejam ou sejam faladas; quando mesmo assim o são, acabam por ser mal-vistas ou mal-faladas que vai dar ao mesmo. Neste caso, o nome dos prémios tem dado que falar em alguns círculos bedéfilos portugueses, no sentido em que há quem não concorde com a escolha da palavra «profissionais», porque existem pouquíssimos artistas portugueses de banda desenhada que retirem dessa arte a totalidade dos seus rendimentos semanais, mensais ou anuais: pergunta-se qual é a lógica de baptizar de «profissionais» uns prémios que vão, nessa perspectiva, premiar "amadores", ou seja, indivíduos que não têm a banda desenhada como "profissão"; leia-se: não vivem da banda desenhada.

Esta matéria não é uma discussão nova e eu, várias vezes, em diferentes contextos, pronunciei-me sobre ela da seguinte forma: ninguém está, verdadeiramente, à espera que um artista e uma obra caracterizados como sendo profissionais se definam pelo significado mais elementar dessa palavra (significado que, de um ponto de vista semântico, até é recente, porque só data do século XIX); só se espera, de facto, que essa obra e esse artista tenham uma relevância mais alta, uma estética mais sofisticada e um valor técnico superior.
E, de facto, é esse o sentido original da palavra: o de dedicar-se a algo com rigor.
Partindo daqui é fácil observar que sendo a banda desenhada portuguesa uma arte desatractiva comercialmente e monetariamente pouco recompensadora todos os autores que escolhem dedicar-se a ela com rigor são autênticos profissionais, independentemente de recolherem rendimentos regulares desse labor.
Usar a grosseira bitola de que um verdadeiro profissional é, em exclusivo, aquele que vive (ou sobrevive) de um determinado ofício coloca no campo dos profissionais os tarefeiros que, nas artes e nas letras, produzem proficuamente os piores trabalhos possíveis e deixa de fora artistas de valor incontornável que não tiveram na realização artística a sua principal fonte de rendimentos. Nesta óptica, um escrevinhador anónimo que escreva romances para a Colecção Harlequin, por exemplo, é um profissional da escrita, enquanto que autores de luminoso génio como o Barão Corvo, que nunca lucrou com o seu trabalho, são tristes amadores - leiam um romance cor-de-rosa escrito por um profissional harlequínico e leiam um dos romances maravilhosos do amador Barão Corvo e depois digam qual desses livros tem mais coisas para ensinar sobre o ofício da escrita.

A ênfase com a qual os críticos da iniciativa PPBD relevam o carácter "monetarista" da palavra «profissionais», em prejuízo do seu significado de "dedicar-se com rigor", apenas para a menorizar, não deixa de ser miserabilista, porque é claro que ser-se profissional traduz que se pratica um ofício remunerado, isso é evidente, ninguém o desvaloriza, mas ser-se profissional não se esgota nessa designação e vale a pena recordar que as qualidades que, com efeito, diferenciam um profissional de um amador relacionam-se com a tal dedicação rigorosa a que a palavra já aludia e que essa dedicação não se arvora somente com o isco monetário na ponta do pau, à guisa de cenoura. Encontro mais profissionalismo num webcomic ou num fanzine feito com rigor, mas fora do tal âmbito do salário, do que em certas coisas que por aí vão sendo publicadas regularmente, como fonte fixa de rendimentos dos seus criadores, mas que não valem um chavelho.

É que ser-se profissional tem de definir-se, sobretudo, pela qualidade.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Recordando doze anos de banda desenhada (2000-2012)


A iniciativa de criar este prémio excepcional - Troféus Central Comics 2001-2012 - consiste, também, numa homenagem à banda desenhada portuguesa que foi criada e editada ao longo desses anos: numa conjuntura actual de mercado cada vez mais desmemoriada e desenraizada, é uma boa oportunidade para recordar (ou descobrir) alguns dos mais importantes livros portugueses de BD que marcaram a primeira década deste século, como, por exemplo, A Pior Banda do Mundo: O Quiosque da Utopia de José Carlos Fernandes (Devir), Salazar, Agora na Hora da Sua Morte de João Paulo Cotrim e Miguel Rocha (Parceria A.M.Pereira) e O Amor Infinito Que te Tenho de Paulo Monteiro (Polvo). Aliás, só o facto de se voltar a chamar a atenção para estes três títulos indispensáveis, entre tantos outros, demonstra a pertinência destes Troféus Central Comics 2001-2012 e, além disso, relembra a riqueza de estilos, escolhas e abordagens com que a BD portuguesa sempre se fez.

Inscrevendo-me no exercício de memória a que somos convidados acima, não quero deixar de evocar, em breves apontamentos, a minha própria obra de banda desenhada (de 2000 para cá): não só porque ela me orgulha bastante, como, neste momento, em que preparo dois novos livros de BD (um para ser editado em 2013 e outro em 2014), penso que é fundamental exemplificar que é o trabalho árduo e contínuo - de rigor e de imaginação - que faz a carreira de um autor.   
  


Cidade-Túmulo (Círculo de Abuso, 2000)
Argumento e desenhos: David Soares

«Metáfora assustadora do que, lentamente,
se alimenta do velho para construir o novo.»
Ler, Vida.pt

«Negro. Violento. Denso. Excelente.»
Mondo Bizarre



Mr. Burroughs (Círculo de Abuso, 2000; Frémok, 2003)
Argumento: David Soares; Desenhos: Pedro Nora
Prémios Amadora BD: Melhor Argumentista Nacional e Melhor Desenhador Nacional (2001)

«David Soares medita sobre a criação e os seus custos, pagos nas moedas torturadas em que se costuma resgatar o génio.»
Jornal de Letras

 «Texto rigoroso e surpreendente
Les Inrockuptibles (França)



Sammahel (Círculo de Abuso, 2001)
Argumento e desenhos: David Soares
Troféu Central Comics: Melhor Argumentista Nacional (2001)

«Uma das obras mais sofisticadas da nova BD nacional.»
Diário de Notícias



A Última Grande Sala de Cinema (Círculo de Abuso, 2003)
Argumento e desenhos: David Soares
Livro vencedor de uma Bolsa de Criação Literária do IPLB/Ministério da Cultura

«Inspirado na magia das velhas salas, apresenta uma narrativa cheia de referências ao mundo das paixões e técnicas cinematográficas (...)
recortadas por uma fina ironia.»
Premiere

«Como se encara uma nova proposta de David Soares? Com a presunção imediata de um mundo inventivo, delirante, macabro, detalhado, pensado, onde as palavras fluem em movimentos hipnóticos. O talento de David Soares explode.»
Jornal de Letras



Mucha (Kingpin Books, 2009)
Argumento: David Soares; Desenho: Osvaldo Medina; Arte-Final: Mário Freitas

«Hábil na criação de uma escalada de sufoco (...) quanto à ameaça que a epígrafe de Sófocles, na Antígona, lança na página que antecede a narrativa: "Estas coisas são de um futuro próximo." Mais do que o zumbido contínuo das moscas, são essas palavras que ecoam em cada prancha de Mucha
 LER



É de Noite que Faço as Perguntas (Saída de Emergência, 2011)
Argumento: David Soares; Desenho: Jorge Coelho, João Maio Pinto, André Coelho, Daniel Silvestre da Silva, Richard Câmara

«Uma narrativa prenhe de símbolos e leituras simbólicas.»
Os Meus Livros

«David Soares pesquisa mais fundo, tenta traçar um retrato mental do país (...) um livro que vale a pena ler, decifrar, discutir».
Jornal de Letras



O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books, 2011)
Argumento: David Soares; Desenho: Pedro Serpa
Prémio Amadora BD: Melhor Argumentista Nacional (2012)

«Como en toda la obra de Soares, el mejor guionista de la historieta portuguesa contemporánea, O Pequeno Deus Cego cuenta con las palabras justas. Como un mago, Soares navega entre la vida y la muerte, entre el sueño y la conciencia, entre la palabra y la imagen, entre la alegría y el sufrimiento.»
La Bitacora de Maneco (Argentina)
 
«Uma alegoria em torno da ignorância e da urgência do seu antídoto (...) para explorar a natureza humana a partir de tempos e lugares concretos, mas projectando as suas incertezas e os seus gestos mais memoráveis ao longo de um arco cronológico sem princípio nem fim.»
LER

sábado, 3 de novembro de 2012

«O Pequeno Deus Cego» premiado no Amadora BD


Nesta edição do AMADORA BD, ganhei o Prémio Nacional de Banda Desenhada para Melhor Argumento de Autor Português pelo livro O Pequeno Deus Cego (uma edição Kingpin Books, desenhado por Pedro Serpa). O Pequeno Deus Cego também foi nomeado para Melhor Álbum Português e Melhor Desenho de Autor Português e a sua segunda edição está disponível no stand da Kingpin Books durante este festival (que termina no próximo dia 11).

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

«O Pequeno Deus Cego» nomeado para três Prémios Nacionais de Banda Desenhada


O Pequeno Deus Cego, escrito por mim, desenhado por Pedro Serpa e editado pela Kingpin Books (2011), está nomeado para três Prémios Nacionais de Banda Desenhada, atribuídos pelo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora: Melhor Álbum, Melhor Argumento e Melhor Desenho.
Acrescento que desde que "regressei" à escrita de banda desenhada com o álbum Mucha (Kingpin Books, 2009), depois de uma pequena pausa, este é o terceiro ano consecutivo que os meus livros (Mucha, É de Noite Que Faço as Perguntas e O Pequeno Deus Cego) estão nomeados para as três categorias principais destes que são os mais importantes prémios portugueses de banda desenhada.



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Perfil na Revista LER

O meu perfil na peça "De Que Falamos Quando Falamos Hoje de BD Portuguesa", escrita por Sara Figueiredo Costa para a Revista LER de Maio.


terça-feira, 22 de maio de 2012

Crítica a "O Pequeno Deus Cego"


Vale bem a pena ler esta excelente crítica de Pedro Vieira de Moura a O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books, 2011), publicada no seu weblog LER BD. O Pedro diz que o tema central do livro é o Conhecimento e envereda por essa via para analisá-lo... Ora, o tema central de O Pequeno Deus Cego relaciona-se com o conhecimento, sim, mas é outro: o Crescimento - o crescimento através da Iniciação (crescer das Trevas para a Luz). Não quero desvirtuar a leitura que o Pedro fez, somente esclarecer, enquanto autor, qual é o tema central do livro - que, claro, permitirá sempre mais que uma leitura.

Na imagem: clímax de O Pequeno Deus Cego, no qual a carne desprende-se dos ossos...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os dois Pratts


Acaba de ser lançado um novo fanzine de homenagens Efeméride, criação de Geraldes Lino, insigne divulgador, editor e investigador de banda desenhada, dedicada às mais importantes personagens do universo bedéfilo. Este novo número é dedicado a Corto Maltese, criado pelo autor italiano Hugo Pratt, e conta com bandas desenhadas de diversos autores portugueses.

Participei em conjunto com o desenhador Jorge Coelho, numa história escrita por mim e intitulada Os Dois Pratts: uma observação hermética sobre algumas coincidências essenciais na vida e carreira de Pratt (iniciado na Maçonaria em 1976, na loja veneziana Hermes) e a sua ligação insuspeita ao Monstro de Frankenstein.

Poderão encontrar esta edição do fanzine Efeméride em todas as livrarias especializadas em banda desenhada, assim como pedi-la directamente ao editor Geraldes Lino: geraldes.lino [at] gmail.com.

(Desenho da capa: Regina Pessoa.)

domingo, 6 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Banda desenhada portuguesa na Revista LER


Hoje, nas bancas, uma edição histórica da Revista LER, com um artigo de prestígio sobre banda desenhada portuguesa, assinado pela jornalista e investigadora Sara Figueiredo Costa, e uma capa inesperada da autoria do desenhador João Lemos. Para comprar, ler com atenção e guardar. Os autores destacados são Filipe Abranches, João Lemos, Osvaldo Medina, Susa Monteiro e eu. No vídeo disponibilizado em anexo, podem ver um trailer com João Lemos a desenhar a capa da revista.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

David Soares e Pedro Serpa no Festival de Banda Desenhada de Varsóvia


De 10 a 13 de Maio, ocorre o Festival de Banda Desenhada de Varsóvia, evento para o qual estão convidados artistas de várias nacionalidades, como os mestres Brian Bolland e Grzegorz Rosinski. Eu e o Pedro Serpa seremos os representantes portugueses no festival, com o nosso O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books, 2011).

Podem visitar a página oficial do festival nesta ligação.

E nesta, a página oficial do festival no Facebook.

Acrescento que esta é a minha primeira visita deste ano à Polónia: em Outubro serei o convidado português do 8º Festival Internacional de Ficção Curta de Wroclaw, um dos mais interessantes e dinâmicos festivais literários europeus.

terça-feira, 3 de abril de 2012

"Mr. Burroughs" 2012


Este ano, em data a anunciar brevemente, irá ser reeditado em português um dos meus clássicos: o álbum de banda desenhada Mr. Burroughs (Círculo de Abuso, 2000; Frémok, 2003), escrito por mim e desenhado por Pedro Nora. Um álbum que o académico Bart Beaty (da universidade canadiana de Calgary) definiu como sendo uma «surrealist, nightmarish reconceptualization, flattering to the comics form, a cross between literature and the visual» (em Unpopular Culture. Universtity of Toronto Press, 2006).

Passados doze anos, Mr. Burroughs irá ser reeditado, por uma das editoras independentes de banda desenhada portuguesa que fez parte do universo bedéfilo que o viu nascer, numa edição bilingue, em português e inglês (versão inglesa de minha autoria).

É do conhecimento público que este título é um dos álbuns mais importantes da banda desenhada portuguesa e que foi verdadeiramente instrumental - e decisivo - para a revitalização da nova bd portuguesa a partir da década de 2000.

Imagem: Eu, em 2009, numa livraria parisiense especializada em banda desenhada, com a edição francesa de Mr. Burroughs.