Mostrar mensagens com a etiqueta Crítica Literária. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Crítica Literária. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 29 de março de 2016

Triple review treat


Duas excelentes críticas a O Poema Morre (2015) e uma excelente crítica a Sepulturas dos Pais (2014), escritos por mim e desenhados por Sónia Oliveira e André Coelho, respectivamente (ambas edições da Kingpin Books). Podem lê-las nas seguintes ligações:
2) O Poema Morre (crítica de Artur Coelho): http://www.acalopsia.com/poema-morre-david-soares-sonia-oliveira/
3) Sepulturas dos Pais (crítica de Bruno Campos): http://www.acalopsia.com/sepulturas-dos-pais-david-soares-e-andre-coelho/


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Crítica a «O Poema Morre» na revista Blimunda nº42


Excelente crítica a O Poema Morre (Kingpin Books, 2015) por Sara Figueiredo Costa na revista Blimunda (editada pela Fundação José Saramago). Escreve Costa:

«(...) o que David Soares parece utilizar como matéria-prima do seu trabalho na banda desenhada é aquilo a que poderíamos chamar miséria humana, as vertentes menos nobres da nossa natureza comum, os gestos que guardam a violência, a sordidez, a ignorância, a maldade. Não podia ser mais universal e menos atreito a rótulos de género. (...) O trabalho de Sónia Oliveira acompanha esta vontade de modo orgânico, usando as linhas finas e sinuosas do seu traço como matéria capaz de moldar este retrato cinzento (também na paleta de cores) de um tempo que poderia ser muitos tempos.»

A ler na íntegra nesta ligação: http://www.josesaramago.org/?ddownload=536384


sábado, 6 de dezembro de 2014

Excelente crítica a «Sepulturas dos Pais» no blogue Ler BD


«Há algo clínico no comportamento das suas personagens, que torna mais gélido o choque com a dimensão de horror que elas comportam em si. Como se lhes fosse impossível não caírem em gestos duros e de consequências dolorosas. Essa espécie de frieza está assente numa materialização das próprias emoções, e no afastamento de uma redenção por uma qualquer hipotética transcendência. (…) Outros críticos (como Sara Figueiredo Costa) apontam o carácter bruto e mesmo misógino de algumas das personagens, ou a bruteza quase insuportável de algumas cenas. Isso é patente. Todavia, o sexo nos escritos de Soares nunca estiveram presentes com o intuito de titilar os seus leitores, e surge na sua dimensão mais carnal e despojada possível. Não se trata de pornografia, nem de sadismo (num seu sentido mais popular, já que se abusa desta palavra no seu sentido mais preciso, quer psicológico quer cultural), mas de uma exploração quase de materialismo da carne e do sexo, à la Bataille.»
Sepulturas dos Pais é escrito por mim e desenhado por André Coelho.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Excelente crítica a «Sepulturas dos Pais» em The OF Blog


«By the time I read the final panel, I felt a brief sort of aching commiseration, as the things lost served to remind me of the things gained over the course of this beautifully tragic story. "Sepulturas dos Pais" is another strong tale by a very talented writer.»


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Excelente crítica a «Sepulturas dos Pais» na revista Blimunda

 

«(…) Sepulturas dos Pais é um livro que merece o epíteto de cruel, não porque a violência surja em várias vinhetas (e surge), mas sobretudo porque o que fica da sua leitura é o reverso das boas intenções sobre histórias bonitas ou finais felizes: chegado o futuro, não há esperança que sobreviva. Possa a memória servir para manter alguma luz por entre as trevas e já teremos alcançado toda a quota de esperança contida nestas Sepulturas dos Pais.»


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Crítica a «Palmas Para o Esquilo» no jornal Expresso

Na imagem podem ler uma excelente crítica ao livro de banda desenhada Palmas Para o Esquilo (Kingpin Books, 2013), escrito por mim e desenhado por Pedro Serpa, publicada no passado dia 14 na secção de livros do suplemento Atual do semanário Expresso. A crítica é de Sara Figueiredo Costa.



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Crítica argentina a «O Pequeno Deus Cego»


Excelente crítica a O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books), escrito por mim e desenhado por Pedro Serpa no weblog do crítico argentino Fernando Ariel Garcia:

«Como en toda la obra de Soares, el mejor guionista de la historieta portuguesa contemporánea, O pequeno deus cego cuenta con las palabras justas.
En este caso, cortas como puñales. Ideales para abordar las paradojas que exhibe la Creación, las similitudes y diferencias que hacen de los contrarios una fuerza primaria capaz de retroalimentarse y definirse por comparación. Como un mago, Soares navega entre la vida y la muerte, entre el sueño y la conciencia, entre la palabra y la imagen, entre la alegría y el sufrimiento.»


domingo, 1 de julho de 2012

Opinião do crítico norte-americano Larry Nolen sobre "Batalha"...


...numa das suas listas de leituras deste ano:
«I want to comment more on this animal fable later,
but this short novel only confirms that
he is one of the best writers in the world today,
at least in my inflated opinion :)»

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Caim" de Saramago na revista Locus de Janeiro de 2012


Na edição de Janeiro da revista Locus, o crítico Gary K. Wolfe resenha (positivamente) a edição de língua inglesa do romance Caim de José Saramago. Faz sentido ser na edição de Janeiro: Saramago foi, por mérito próprio, um Janus literário com uma face voltada para a literatura contemporânea e outra virada para a fantástica.

«Several years ago, in reviewing José Saramago's Blindness in these pages, I noted that, unlike many widely respected literary figures (Saramago won the Nobel in 1998), he used fantastic themes not just for their metaphoric avoirdupois, but worked them out with the same sort of plot logic a genre writer might devote to them (...) The same holds true of his final novel, Cain (...) The result is not only a provocative and often very funny re-imagining of some of the Old Testament's greatest hits - at times reminiscent of Twain or Vonnegut or even James Morrow - but also a time-travel fable (...) the novel sometimes comes off as a headlong comic monologue (we could imagine a lot of these lines being delivered by the Monty Pyhton crew or even Mel Brooks). Well rendered by Margaret Jull Castro's snappy translation, Cain is a wise and angry delight, and a very appropriate exit line for a gadfly.»

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Crítica na revista LER a "O Pequeno Deus Cego"


Excelente crítica na edição de Janeiro da revista LER a O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books), escrito por mim e desenhado por Pedro Serpa. (Por Sara Figueiredo Costa.)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Alguns livros publicados em 2011...

...que eu recomendo. Li outros que recomendaria, de igual modo, mas não foram publicados em 2011. Desde literatura contemporânea a divulgação científica, história a literatura de viagens, as minhas escolhas de livros publicados em 2011 são as seguintes:



Literatura contemporânea: The Tiger's Wife, de Téa Obreht.

A escritora norte-americana Téa Obreht (nascida em Belgrado) mata dois coelhos com uma cajadada: em primeiro lugar, ganha com distinção a categoria de Most Shaggable Writer e, em seguida, demonstra que a idade de um escritor não é desculpa para se escrever lixo. Com apenas vinte e seis anos de idade, Obreht escreveu um livro ao qual não falta nada e que, neste momento, já é um clássico no seu próprio tempo. O escritor alemão Thomas Mann ganhou em 1929 o Prémio Nobel da Literatura com o romance Buddenbrooks: Verfall einer Familie (Buddenbrooks: Declínio de uma Família), publicado em 1901 quando tinha apenas vinte e seis anos de idade (começou a escrevê-lo aos vinte e um) - é evidente que não comparo Obreht com Mann, apenas reforço a ideia de que a idade de um autor não interessa nada para a qualidade da obra: quem é bom, tanto é bom aos vinte e seis anos de idade, como aos sessenta e seis e quem é mau aos vinte e seis anos continuará a ser mau daí em diante. Não existem escritores em potência: existem escritores, ponto. The Tiger's Wife é enigmático, elegante, esquisito, encantador e apesar de ter sido escrito por uma jovem louríssima que, à primeira vista, mais parece ter saído de um casting para o programa A Casa dos Segredos (as aparências iludem - nunca se esqueçam), não consiste em "literatura de mulheres" ou "para mulheres" (seja lá isso o que for): é "apenas" literatura - da melhor que aí anda - e isso basta-lhe.



Literatura Fantástica: Eutopia: A Novel of Terrible Optimism, de David Nickle.

Sem dúvida, um dos mais bem escritos livros de literatura fantástica editados em 2011. Depois de escapar por uma unha negra a um linchamento às mãos do Ku Klux Klan, o protagonista
Dr. Andrew Waggoner (um médico negro) é envolvido na estranha comunidade Eliada, situada no estado norte-americano de Idaho e feita à medida por métodos eugénicos, que se propaga "pacificamente" na periferia de uma floresta ameaçadora, na qual misteriosos autóctones consanguíneos andam à solta. Em paralelo, o jovem Jason Thistledown vê-se, com estupefacção, como o único sobrevivente de uma doença temível que eliminou todos os habitantes da sua vila de Cracked Wheel, no estado vizinho de Montana. Enredado na comunidade de Eliada, Thistledown alia-se a Waggoner para descobrir as razões da sua sobrevivência. Eutopia: A Novel of Terrible Optimism é gothic as fuck e uma sofisticada peça de ficção de horror. Pensem em Lovecraft, pensem em Stephen King, pensem em Dan Simmons... e passem-nos ao lado para ler o canadiano David Nickle, que os mete a todos no bolso - mas à vontade - com este tour de force perturbador e pertinente.



Literatura Fantástica: Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa: Os Melhores Contos do Século XX (Organização e introduções de Luís Filipe Silva).

Fabuloso livro que, com engenho e bom-gosto, cria o ilustre passado ficcional da pulp fiction portuguesa. Com edição e design de Luis Corte Real (editor da Saída de Emergência, que publica este volume) e organização e introduções de Luís Filipe Silva, Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa é uma antologia superior: visualmente é espantosa, plena de
irrepreensíveis reproduções gráficas ao estilo das mais aparatosas revistas pulp, e as introduções que a pontuam são, por si só, extraordinárias peças de ficção que, no cômputo, perfazem uma cativante galeria. Tudo em Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa é fresco, vivo, apaixonante. O futuro da literatura fantástica portuguesa, por mais negro que venha a ser, nunca será tão sombrio quanto seria se não tivesse este fictício passado glorioso para servir-lhe de horizonte da memória. E, com efeito, que melhor passado para um género literário que um passado ficcional? Precisávamos dele.



Não-Ficção: Moby Duck:
The True Story of 28,800 Bath Toys Lost at Sea and of the Beachcombers, Oceanographers, Environmentalists, and Fools, Including the Author, Who Went in Search of Them, de Donovan Hohn.

Um genuíno e belíssimo trabalho de jornalismo de investigação, sem pretensões a ser lido como um romance ou coisa análoga, escrito com muita inteligência e coração. Com efeito, não há nada, mas mesmo nada, em Moby-Duck que seja mau, pedante, tíbio, afectado, preguiçoso, mal-intencionado ou cínico. Consiste num livro rigoroso, no que diz respeito ao discurso científico - sem alegorias ou facilitismos baratos que tornem simplório o fascinante conteúdo técnico - sobre a manufactura de 28 800 criaturinhas plásticas (os chamados Friendly Floaties, que caíram de um cargueiro no Oceano Pacífico quando a embarcação navegava em direcção aos Estados Unidos), sobre a odisseia oceanográfica através dos tempos e sobre a análise da poluição dos mares. E, ao mesmo tempo, no modo autêntico, liberto de tiques de vedetismo, como Hohn expõe a sua trajectória pessoal e a dos seus comparsas honorários na busca pela verdadeira história dos Friendly Floaties, invocando autores como Melville e Conrad, entre outros, é capaz de oferecer um cunho poético à investigação, ancorada em incursões históricas por clássicos mitos teriomórficos, pelo contemporâneo glamour da publicidade e, sobretudo, por uma prosa cuidada, assinalada em apontamentos de grande delicadeza. Um triunfo.



História: Cristianismo Iniciático, de António de Macedo.

Como classificar este livro de António de Macedo? Monumental? É um bom começo. Uma profunda e meticulosa perspectiva história sobre o gnosticismo e as influências ditas esotéricas nas tradições crísticas que, em simultâneo, desmistifica e esclarece. Numa divisão do capítulo cinco, intitulada "Um Pouco de História Contrafactual", Macedo cria uma peça de história virtual na qual especula sobre qual seria o estado da cultura ocidental se essas influências "esotéricas" não tivessem existido: quão pobre seria, de facto. Embora o título do livro seja Cristianismo Iniciático, o texto não se esgota nesse tema: é, pois, um verdadeiro mapa para as origens do mundo ocidental contemporâneo e a erudita escrita de Macedo é exacta como a agulha de uma bússula. Um livro magnífico, escrito por um dos nossos mais brilhantes polímates.



Política e Estudos Sociais: The Origins of Political Order: From Prehuman Times to the French Revolution, de Francis Fukuyama.

Nesta primeira parte de uma obra dedicada às origens e ao futuro do fenómeno político, o politólogo norte-americano Francis Fukuyama apresenta-se como um homem novo, liberto da tónica neo-liberal. Uma excelente e erudita mistura de teoria política, história e filosofia que, de certeza, meteu medo a quem tem uma visão meramente economicista do mundo e pensou ter um aliado em Fukuyama. Nesta altura em que o ensino da filosofia foi extinto dos currículos e o da história é considerado como não sendo estruturante, este opus de Fukuyama, que ainda tem como "quarta coluna" a ciência, é um tóteme de tinta ainda fresca que testemunha a vitalidade dessas disciplinas. Uma análise audaz, cuja conclusão aguardo com expectativa.



Divulgação Científica: The Hidden Reality: Parallel Universes and the Deep Laws of the Cosmos, de Brian Greene.

Acho que The Elegant Universe (1999), livro de estreia do físico norte-americano Brian Greene é um livro extraordinário - temerário, até -, mas a obra seguinte, The Fabric of the Cosmos (2005), é exageradamente reader friendly para o meu gosto: demasiadas alegorias baseadas em americana para tornar perceptíveis, ao leitor leigo em física, conceitos complexos como a teoria de cordas e a estrutura das dimensões paralelas. Felizmente, em The Hidden Reality, Greene recupera o estilo seco do seu primeiro trabalho, oferecendo mais uma visão desafiante da(s) realidade(s). Na página 163, o próprio autor pergunta com ironia «Is this science?» - citando Jack Nicholson em Batman (1989), eu respondo que "I don't know if it is, but I like it". (Leiam The Elegant Universe primeiro, contudo.)



Esoterismo: Quando o Xamã Voava: Sonho, Erotismo e Morte no Xamanismo, de Gilberto de Lascariz.

Embora seja natural incluir este livro na categoria supracitada, ele apresenta-se mais como uma análise histórica - e erudita - sobre o fenómeno xamânico, desde as suas origens até às formas nas quais se manifesta presentemente. Com uma força, eloquência e sentido poético que não são habituais na maioria dos autores que se dedicam à escrita de livros esotéricos, Lascariz apresenta uma visão simultaneamente histórica e pessoal sobre o xamanismo (o verdadeiro, de raiz siberiana), assente na experiência, no rigor documental e no fulgor ferino da imaginação.



Literatura de Viagens: Estonia: A Ramble Through the Periphery, de Alexander Theroux.

A mulher do escritor norte-americano Alexander Theroux, a pintora Sarah Son-Theroux, viajou até à Estónia, ao abrigo de uma bolsa atribuída pelo Programa Fullbright, e ele acompanhou-a durante parte da estadia, aproveitando para estudar o país e anotar algumas considerações. Na sua estreia na literatura de viagens, o género habitual do seu irmão mais novo e mais célebre Paul Theroux, Alexander Theroux apresenta-se com um estilo surpreendentemente acessível (acessível em padrões "alexandertherouxianos"), mas não menos enciclopédico. Sem nunca perder o Norte (trocadilho intencional), Theroux usa a Estónia como pretexto para ensaiar os mais diversos temas - e se nem sempre concordo com as suas opiniões, é sempre um prazer imenso lê-las, em virtude da solidez e honestidade intelectual com que as fundamenta. Um bom livro para quem quer iniciar-se sem grandes espaventos na escrita deste verdadeiramente genial autor, mas que não possui nem a força nem o resplendor dos seus maravilhosos romances.




Teatro: O Sangue e o Fogo, de António de Macedo.

As três peças teatrais da autoria de António de Macedo que, neste volume, se reúnem sob a designação O Sangue e o Fogo podem ser lidas, de facto, como variações de um tema principal. Plenas de significado esotérico, pedem para ser cotejadas com três estágios da Grande Obra: nigredo, albedo e rubedo. A última peça, sobre as consequências da descoberta do registo da voz do Cristo histórico num artefacto de barro, no qual o estilete do oleiro fez de agulha de um gravador de discos de vinil, é de antologia.
Inteligente, inventiva e até insolente, esta ficção fantástica de teor alquímico vai transformar as vossas almas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Crítica na revista Os Meus Livros a "O Pequeno Deus Cego"

O novo trabalho escrito por David Soares, com desenhos de Pedro Serpa, O Pequeno Deus Cego (Kingpin Books), assenta numa metafórica e fliosófica abordagem, para criar uma história de crime e castigo.
Aquela a quem chamam Papa-Moscas, uma menina sem olhos que afinal não nasceu menina («a culpa é de Wang, o castrador», anuncia-lhe o Velho, quando com ela se cruza pela primeira vez), serve de sacrifício às intenções da mãe. Estamos numa China muito antiga...
Até que acaba por conhecer Wang, monstro alocado numa caverna. Não o teme porque não vê. Não o respeita porque não o teme. Acaba por ser incómodo para tão terrível criatura, pouco habituada a ser menosprezada: «conhecer-te foi confuso e assustador e eu não gosto do modo como me estou a sentir».
A ira de um monstro encurralado nas suas próprias dúvidas («E se tu fores Deus, caganita? Um deus cego que criou o universo e encolheu os ombros? Isso não faz de ti o maior dos irresponsáveis? O maior dos criminosos?») é tão terrível como a de um que sabe porque é mau. Ou mais ainda.
O retorno a quem semeou maldade acaba por selar esta história (com habituais componentes de David Soares, incluíndo a presença do sexo), traçada de forma clara, onde a violência (nas imagens com a Mãe) e o simbolismo (nos diálogos com o Velho, ou mesmo com o monstro) se conjugam de forma eficaz.
(João Morales, Os Meus Livros. Dezembro, 2011)