Este ano, em data a anunciar brevemente, irá ser reeditado em português um dos meus clássicos: o álbum de banda desenhada Mr. Burroughs (Círculo de Abuso, 2000; Frémok, 2003), escrito por mim e desenhado por Pedro Nora. Um álbum que o académico Bart Beaty (da universidade canadiana de Calgary) definiu como sendo uma «surrealist, nightmarish reconceptualization, flattering to the comics form, a cross between literature and the visual» (em Unpopular Culture. Universtity of Toronto Press, 2006).
Passados doze anos, Mr. Burroughs irá ser reeditado, por uma das editoras independentes de banda desenhada portuguesa que fez parte do universo bedéfilo que o viu nascer, numa edição bilingue, em português e inglês (versão inglesa de minha autoria).
É do conhecimento público que este título é um dos álbuns mais importantes da banda desenhada portuguesa e que foi verdadeiramente instrumental - e decisivo - para a revitalização da nova bd portuguesa a partir da década de 2000.
Imagem: Eu, em 2009, numa livraria parisiense especializada em banda desenhada, com a edição francesa de Mr. Burroughs.