...sobre O Evangelho do Enforcado.
O escritor e realizador de cinema António de Macedo já leu o romance. A sua opinião é a seguinte:
«A boa notícia, que pode ser um princípio de ressurreição da grande literatura "especulativa" portuguesa (a única autêntica, porque assenta autenticamente no "imaginário"), é a possibilidade de existir um livro com a mais que extraordinária qualidade de O Evangelho do Enforcado. Lê-se de um fôlego (as inevitáveis paragens ao longo da leitura são sempre acompanhadas da concomitante impaciência para prosseguir). Ainda mais do que nos livros anteriores, que já eram excelentes, neste estamos perante uma "estória" magnificamente artilhada, em que a destrinça entre o "real" e o "fantástico" se torna irrelevante perante a coerência e a beleza cruel da totalidade do objecto, peça única de arte literária da mais fina água. Um belo diamante! Não sei classificar melhor. Qualquer adjectivo ficará sempre a desluzir da verdade da coisa. (Entre parênteses, admirei, verdadeiramente fascinado, a gigantesca quantidade e qualidade de informação reunida para oferecer ao leitor um quadro super-vivo, cheio de riquíssimos pormenores, do mundo português de entre 1395 e 1450. Extraordinário!)
Aqui ficam os meus sinceros parabéns, fazendo votos para que continue a proporcionar-nos momentos de puro êxtase como este, que vem coroar de forma magistral a obra anterior.»
António de Macedo.
Março, 2010.
O escritor e realizador de cinema António de Macedo já leu o romance. A sua opinião é a seguinte:
«A boa notícia, que pode ser um princípio de ressurreição da grande literatura "especulativa" portuguesa (a única autêntica, porque assenta autenticamente no "imaginário"), é a possibilidade de existir um livro com a mais que extraordinária qualidade de O Evangelho do Enforcado. Lê-se de um fôlego (as inevitáveis paragens ao longo da leitura são sempre acompanhadas da concomitante impaciência para prosseguir). Ainda mais do que nos livros anteriores, que já eram excelentes, neste estamos perante uma "estória" magnificamente artilhada, em que a destrinça entre o "real" e o "fantástico" se torna irrelevante perante a coerência e a beleza cruel da totalidade do objecto, peça única de arte literária da mais fina água. Um belo diamante! Não sei classificar melhor. Qualquer adjectivo ficará sempre a desluzir da verdade da coisa. (Entre parênteses, admirei, verdadeiramente fascinado, a gigantesca quantidade e qualidade de informação reunida para oferecer ao leitor um quadro super-vivo, cheio de riquíssimos pormenores, do mundo português de entre 1395 e 1450. Extraordinário!)
Aqui ficam os meus sinceros parabéns, fazendo votos para que continue a proporcionar-nos momentos de puro êxtase como este, que vem coroar de forma magistral a obra anterior.»
António de Macedo.
Março, 2010.