O número de Julho da revista LOUD!
já está disponível nas bancas, para tornar ainda mais quente o início
do Verão. Nesta edição, há Consultor Funerário, para saciar a fomeca que
a ausência do mês passado provocou: assim, a regularidade bimestral
fica com outra ordem; ou seja, para o mês que vem não há, mas no
seguinte haverá novamente.
Além disso, vale a pena ler as entrevistas de
Randy Blythe, que, aparentemente, foi ao Inferno e voltou (escreveu um
livro de 500 páginas sobre o caso, à la Expresso da Meia-Noite), e de Dani Filth, o insubstituível vocalista
de Cradle of Filth, banda na qual todos são substituíveis, a dada altura
- dá vontade de rir?, dá, mas que a banda é das melhores, é. E a
distância que o tempo cria entre os discos que foram mais subvalorizados
ou incompreendidos apenas reforça essa percepção: urge regressar a
Cradle of Filth e reenquadrá-los/apreciá-los sob essa luz. Eu, confesso,
gosto bastante e tenho muitos discos (já editaram onze) para descobrir,
porque há imensos que nunca ouvi.
De facto, às vezes é útil colocar as
coisas nesta perspectiva: não passar cartão àquilo que parece fútil e
dar tempo ao tempo, porque se for bom e interessante, continuará aqui
para ser apreciado a dada altura. Tantas vezes se perde tempo com tretas
que não interessam nada, laudadas como se fossem o melhor presente de
Deus à humanidade, e que, passados uns mesitos ou um ano, desaparecem
tão suavemente quando alardeamente apareceram, que nem monstros de
Frankenstein criados pelas vozearias do marketing e da propaganda.