segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ebora Captum Est

Junto à Igreja de São Francisco, em Évora (séculos XV e XVI). A lenda diz que o dramaturgo português Gil Vicente está aqui sepultado, embora não existam provas que o corroborem. Parafraseando uma célebre máxima de Auto da Lusitânia (1532), Gil Vicente pode "estar em todo o mundo e em lado nenhum" (o trecho original é «Todo o Mundo e Ninguém».)

Na Igreja de São Francisco, em Évora.

Na Capela dos Ossos (século XVII), na Igreja de São Francisco, em Évora. Locais desta natureza são mais comuns do que se pode pensar e em Portugal existem diversos, como as capelas dos ossos de Campo-Maior e Monforte, no Alentejo, e as de Pechão, Alcantarilha e Faro, no Algarve. Não tenho ideia de que tenha existido uma capela dos ossos em Lisboa (no mínimo com estas características), mas no século XVII e na primeira metade do século XVIII várias igrejas costumavam mostrar mortos ao público em dias especiais, em principal no Dia de Finados (2 de Novembro).

Na Capela dos Ossos, na Igreja de São Francisco, em Évora. As ossadas encontram-se apartadas do público por grossas placas de acrílico. Porquê? Para evitar que energúmenos vandalizem as caveiras: existem dezenas, escrevinhadas nas testas a esferográfica e caneta de feltro.

Na Capela dos Ossos, na Igreja de São Francisco, em Évora. Os frescos alusivos à morte que decoram o tecto datam do século XIX.

À saída da Capela dos Ossos, na Igreja de São Francisco, em Évora.

No Cromeleque dos Almendres, em Évora (cerca de 7000 a.C.). Cromeleque deriva da palavra galesa cromlech que significa pedra curvada e é o nome que se costuma dar aos monumentos megalíticos formados por pedras dispostas em círculos ou em elipses. É provável que tenham servido de locais de culto e de observação de fenómenos astronómicos.

Menir dos Almendres, em Évora. Menir deriva da antiga palavra bretã men hir que significa pedra comprida. Especula-se que o dos Almendres, localizado numa cota menos elevada que a do cromeleque, mas na sua vizinhança, tenha composto com o segundo uma espécie de monumental aparelho sagrado de observação dos astros, pois ambos se encontram alinhados pelo nascer do Sol do solstício de Verão (21 de Junho).