Na
edição de hoje do Jornal i, numa chamada de capa, a NASA diz que não
tem ideia de (se eu entendi bem a frase) quem fabricou a bandeira que
está fincada em solo lunar. Porém, seria fácil a NASA recuperar essa má
memória se olhasse para o Diário de Notícias de 23 de Julho de 1969 e
lesse a entrevista dada pela costureira portuguesa Maria Isilda Ribeiro,
que, residente nos Estados Unidos desde 1966,
trabalhava na fábrica de bandeiras que produziu o mais universal
estandarte do século XX. Na altura com vinte e três anos, Maria Isilda
Ribeiro não imaginava, provavelmente, que as marcas impressas pelas suas
mãos ficariam indeléveis no espaço: existem impressões digitais
portuguesas na Lua — romântica coda para a senda renascentista dos
Descobrimentos de que fomos pioneiros, se se quiser ver assim.