XIII - A Morte
Ontem, na
El Pep Store & Gallery (Cento Comercial
Imaviz Underground), foi inaugurada a exposição fotográfica
Oraculum Mortuum: Um Tarot Tumular, da autoria da
fotógrafa Gisela Monteiro, criadora do
blogue Mort Safe, sobre história, cultura e arte cemiteriais. Esta série de sepulcrais novos Arcanos Maiores convida o leitor a reflectir sobre a transitoriedade e arbitrariedade da vida, sob a orientação dos ditos arquétipos taróticos, imagens que foram sendo elas próprias idealizadas ao longo dos últimos dois séculos, segundo intenções e fortuitidades variadas, como revisões teorizadas por ocultistas, como Aleister Crowley, entre outros, mas, também, por acidentes de desenho e impressão.
Quem não compareceu na inauguração, que contou com interpretações musicais de
Charles Sangnoir, de
La Chanson Noire, pode ver, em baixo,
um vídeo da apresentação da exposição, feita por Gisela Monteiro.
E, em seguida, poderão ler o meu ensaio
Do Silêncio e do Mistério, sobre as origens históricas do Tarot e sobre a abordagem pictórica da Gisela Monteiro, escrito propositadamente para o âmbito desta exposição -- que estará patente até vinte e oito de Novembro. A El Pep Store & Gallery fecha às 17H00 de segunda-feira a quinta-feira e encontra-se aberta até às 20H00 nas sextas-feiras e aos sábados: visitem-na e consultem o
Oraculum Mortuum, o Tarot Tumular.
XVIII - A Lua
Do Silêncio e do Mistério
Partidária da indeterminação sobre qual será, afinal, a hora da morte, a omnipresente percepção da finitude manipula todas as nossas condutas e crenças, em insignificantes tentativas de retardar o fenecimento; ou, se tal não for exequível, de descobrir quando e como se irá morrer. Não é fortuito que uma das metodologias primitivas mais amiudadas de adivinhação seja a invocação dos espíritos dos antepassados para que estes revelem alguns segredos sobre o futuro, ressumando desta prática os modernos espiritismos e necromancias, pois que outros agentes poderão estar mais autorizados a esclarecer todas as dúvidas que os vivos terão sobre a morte? Assim, a arte divinatória (divinatio) consiste num subgénero da magia (ars magica) – esta, uma actividade por excelência anti-social que, sob diversos feitios, procura instrumentalizar o todo (as forças naturais e sobrenaturais) para fins individuais (os desejos mais ou menos egoístas do mágico ou dos seus fregueses que, na maioria das vezes, são opostos à vontade das comunidades nas quais estão inseridos). No que concerne às artes divinatórias, existe, no mínimo, uma clivagem clássica, cunhada desde o dealbar do império romano, que distingue entre adivinhação natural e adivinhação artificial: Cícero, revolucionador da língua latina, entendia que as mensagens enviadas pelos deuses aos homens quando estes se encontravam em estados de possessão (os furores) ou durante o sono (os sonhos proféticos) pertenciam à primeira categoria, enquanto os prognósticos alcançados por expediente de objectos ou interpretações de sinais denunciavam uma certa arte por parte do adivinho, justificando a designação de divinatio artificiosa. Sem abandonar estas qualificações fundamentais, a adivinhação foi sendo desenvolvida pelos seus cultores num florilégio de aplicações, exercícios e usos que, como não poderia deixar de ser, ora se aproximam ou distanciam dos paradigmas socioculturais que lhes servem de berço, à medida que estes se metamorfoseiam ou se extinguem. Nessa óptica, a adivinhação por intermédio de cartas de jogar (cartomancia), família que inclui as cartas de Tarot, não esteve – nem está – imune a essas oscilações; não obstante as cartas de Tarot não terem sido criadas com a cartomancia em mente, nem nenhumas preocupações de pendor ocultista lhes terem servido de parteira. Na realidade, as origens das cartas de Tarot e das comuns cartas de jogar são inseparáveis, porque o Tarot nasceu como um vulgar jogo de cartas, do modo que se verá adiante.
Sem receio de errar pode dizer-se que a cartomancia não foi um sistema galvanizante de adivinhação em Portugal, pese o facto da primeira referência escrita à existência de cartas de jogar no nosso país datar de 1 de Junho de 1490, numa notícia sobre a destruição de uma casa lisboeta de jogo, situada na vizinhança da pré-pombalina Rua da Betesga. Ora, desde 14 de Agosto de 1385 que um assento do município de Lisboa (confirmado em Novembro por carta régia de D. João I) castigava com penas pecuniárias e degredo as feituras de feitiços e adivinhações (as sortes), entre outros ilícitos actos mágicos generalizados. Esta tradição de legislação repressiva, respeitante aos crimes de magia em Portugal, manteve-se nas ordenações manuelinas, que descrevem, em pormenor, as práticas divinatórias que deviam ser punidas com a morte, com a estigmatização pelo ferro quente no rosto ou com o degredo. Em nenhuma linha se menciona a prática da cartomancia, mas isso não significa que as cartas de jogar não figurem nas ditas ordenações, pois o alvará de 17 de Novembro de 1513 proíbe a importação, o fabrico, a venda e a posse de cartas de jogar. Reconhece-se, pois, a existência das cartas de jogar: simplesmente, tem de aceitar-se que elas não eram usadas para a adivinhação. Com efeito, é preciso esperar até finais do século XVII para encontrar-se referências escritas sobre uma incipiente cartomancia lusa: num processo da Inquisição de Lisboa, datado de 1690, pode ler-se que a mágica Jerónima de Almeida usava cartas de jogar para adivinhar (infelizmente, sem nenhuma descrição de como o fazia). Na verdade, muitíssimo mais frequente era o costume cosmopolita (todos os relatos têm cidades como cenários) de pedir-se aos mágicos – adivinhos e feiticeiros – para revelarem o desfecho de jogos de cartas e até mudá-los para resultados favoráveis. Num processo da Inquisição de Coimbra, por exemplo, datado de 1654, ficou registado como um estudante dessa cidade foi pedir a um mágico da vizinhança de Aveiro que lhe «fizesse um feitiço para ser venturoso ao jogo». Não obstante os pequenos lucros que os mágicos obtinham com esses trabalhos (os mágicos eram, realmente, muito pobres), as autoridades seculares e religiosas preocupavam-se com o vício que os jogos de cartas fruíam nos jogadores inveterados, chamados pejorativamente de tafuis (nome colectivo que é cognato da denominação de casas de tavolagem, dada às hostarias e outros estabelecimentos que albergavam jogos clandestinos de cartas). As proibições europeias de jogos de cartas datam, pelo menos, do século XIV: a primeira poderá ser a que foi legislada em 1353 na cidade checa de Pardubice (cerca de treze anos depois da fundação dessa cidade: uma interessante ilustração dos problemas que andariam no ar nesses primeiros anos de vida da juvenil urbe). Foi durante o período da regência da dinastia filipina que se levantou em Portugal o labéu sobre os jogos de cartas, criando-se para efeito de normalização o Contrato do Estanco das Cartas de Jogar e Solimão, que já estava em vigência em 14 de Novembro de 1600: esta espécie de contrato-geral consistia numa figura jurídica que, em específico, autorizava o monopólio régio da importação, fabrico e venda de cartas de jogar em estancos autorizados (casas de vendas a retalho – neste caso, nos estancos de tabaco). Os baralhos de cartas de jogar concedidos pelos contratadores, como os baralhos de cartas de “tipo português”, também conhecidos por “cartas dos dragões”, eram, de facto, fabricados no estrangeiro. O Contrato do Estanco das Cartas de Jogar e Solimão preservou-se até 31 de Julho de 1769, data em que o primeiro-ministro de D. José I, Sebastião José de Carvalho e Melo (seria Marquês de Pombal em pouco mais de um mês), criou a Real Fábrica de Cartas de Jogar e Papelões, incorporada à Impressão Régia (ambas instaladas em Lisboa no palácio de D. Fernando Soares de Noronha, demolido em 1895). Ora, os baralhos peninsulares das “cartas dos dragões” – assim chamados em virtude dos ases dos naipes apresentarem serpentes aladas – são versões depuradas dos baralhos italianos de taxonomia taróide, como o baralho de cartas do quatrocentista jogo Minchiate: uma versão florentina, com noventa e sete cartas, do jogo milanês do Tarot. Como vemos, ainda não se pode falar em Tarots divinatórios, mas em entretenimentos jogados nos salões nobres e nas casas de tavolagens. Já iremos perceber de que forma o Tarot penetrou do campo do esoterismo para tornar-se um dos oráculos mais notáveis.
Com enorme probabilidade, a palavra naipe conterá a chave para compreender-se a origem dos baralhos europeus de cartas de jogar, porque é verosímil que derive do nome mameluco naibe. Os mamelucos foram uma dinastia medieval norte-africana de descendentes de soldados não-muçulmanos, provenientes de várias etnias (turcos, circassianos, georgianos, entre outros), que, até 1517, governaram com autoritarismo o sultanato sunita do Egipto. Entretinham-se com um popular jogo de cartas, que chamavam de Naibe, composto por quatro conjuntos de cartas de jogar, agrupadas segundo quatro classes de objectos emblemáticos: cálices, espadas, moedas e paus – em conformidade com o mandatório aniconismo de raiz sunita, estes baralhos não mostravam homens, nem animais. Sabemos que no ocaso do século XIV os italianos chamavam Naibi aos seus baralhos de cartas, de admissível alento mediterrânico, mas estes epígonos itálicos não se encontravam adstringidos pela proibição muçulmana de reproduzir semblantes, por essa razão investiram na criação de uma galeria expressiva de personagens, antepassadas das figuras contemporâneas dos comuns baralhos de cartas. (Em Portugal, durante muito tempo, ainda se chamou naipeiros aos jogadores de cartas.) A inovação desses baralhos italianos, criados no decurso das primeiras décadas do século XV nas cortes de cidades-estado como Milão, Florença e Ferrara, foi a invenção de séries suplementares de cartas de trunfo (triunfo) que possuíssem valores superiores às restantes (as que eram mimetizadas dos baralhos mamelucos) e oferecessem vantagens aos jogadores, criando desafios dinâmicos e imprevisíveis. Neste caso, as novíssimas imagens de trunfo deram o nome a um novo jogo: Jogos dos Triunfos – ou I Trionfi, como o título do influente poema de Francesco Petrarca, arauto do Renascimento e amigo íntimo da família nobre milanesa Visconti, que mandou fazer o mais antigo baralho de Tarot que chegou aos nossos dias (cerca de 1440). Paulatinamente, essas imagens de trunfo foram imobilizando-se naquelas que viriam a ser apelidadas de Arcanos Maiores (assim baptizados pela primeira vez pelo jornalista e ocultista francês Jean-Baptiste Pitois, em 1870): em essência, são somente personagens decalcadas das culturas religiosas (entre outras, as quatro virtudes cardinais, o Papa), cavaleirescas (como Carlos Magno, Rei Artur) e aristocráticas (alguns nobres das famílias Visconti ou D’Este) da sociedade quatrocentista, mas, sob o carrego da calandragem das centúrias subsequentes, transformaram-se em arquétipos e repositórios alegóricos de sincréticos saberes mais ou menos esotéricos. O proscénio do século XVI foi o período em que o Jogo dos Triunfos passou a ser conhecido por Tarocco (no singular) e I Tarocchi (no plural); nomes que relacionar-se-ão com taroccare: a técnica empregada pelos ourives para cobrir superfícies com folhas de ouro e criar sobre estas ornamentais padrões losangulares – os mesmos que decoram as costas das cartas dos Jogos dos Triunfos, como o já referido baralho da família Visconti. O nome desta técnica, é evidente, consiste no étimo da palavra Tarot.
Não é líquido como os baralhos de Tarot passaram a ser utilizados na cartomancia. A cronografia é notadamente anónima, mas sabe-se que desde o segundo decénio do século XVI já existiam pontuais cartomantes italianos que assim os empregavam, em principal na província de Bolonha. Nessa senda, em meados do século XVIII, um vendedor francês de gravuras, chamado Jean-Baptiste Alliette, transtrocou o seu sobrenome para criar o pseudónimo Etteilla, com o qual assinou, passados poucos anos, o livro Etteilla, ou Maniere de se Récréer avec un Jeu de Cartes (1770), no qual descreveu o seu método de cartomancia (palavra que, acrescente-se, arrogou ter inventado, na feição de cartonomancia) e enunciou o Tarot (na arcaica forma francesa Tarraux) como uma ferramenta de adivinhação. Mais tarde, em 1781, o ex-pastor protestante francês Antoine Court de Gébelin publicou o oitavo volume da sua miscelânea Le Monde Primitif, que contém dois artigos sobre o Tarot: o primeiro, de sua autoria, subdivide-se em explanações sobre o significado das figuras, das suas cores, o modo de ler as cartas e em comentários paralelos aos baralhos espanhóis e franceses; o segundo, da autoria do militar francês Louis-Raphaël-Lucrèce de Fayolle, Conde de Mellet, é parecido, mas provou ser mais importante em virtude da revelação de que o baralho de Tarot era o Livro de Thot, resquício de egipcíacos saberes ancestrais. Ora, três anos antes, em 1778, Gébelin publicara o quinto volume da miscelânea, que consiste num dicionário etimológico da língua francesa, no qual pode ler-se um verbete alusivo ao Tarot: é-nos informado que o Tarraux «é um jogo egípcio, como irei demonstrar um dia destes» e que o nome significa caminho real. Em 1782, em incontestável resposta a esses ensaios, Etteilla intentou publicar um livro exclusivo sobre o Tarot, mas, inesperadamente, a edição foi proibida pela censura régia; contudo, no ano seguinte conseguiu dar à estampa o livro Etteilla, ou Maniere de se Récréer avec le Jeu de Cartes nommée Tarots, reedição do seu livro de 1770, ampliado com tónica sobre o Tarot. Na verdade, Etteilla foi o responsável pela concepção e disseminação da interpretação esotérico-ocultista do Tarot: criou uma inédita mitologia egípcia para explicar a origem do seu Livro de Thot (relato inexistente nos ensaios de Gébelin e Fayolle); fundou a Sociedade Literária dos Intérpretes do Livro de Thot, em 1788; e concebeu e editou por essa altura o primeiro baralho de Tarot criado propositadamente para a prática da cartomancia, cujos desenhos persuadiram subsequentes ocultistas oitocentistas.
A temática egípcia, proposta por Etteilla, Gébelin e Fayolle, não passou de uma exteriorização acessória da egiptomania setecentista que, por toda a Europa, se corporizou nas artes, na moda, nas letras, na arquitectura e no mundo do oculto; à semelhança dos revivalismos greco-romano e gótico, que também predominaram. A partir destes anos pode falar-se, já, de Tarot, no sentido que lhe é atribuído frequentemente. Graças à herança thotémica, o Tarot foi sendo desenvolvido, quase em exclusivo, por esoteristas e membros de sociedades secretas de ónus ocultista, tornando-se um algoritmo dúctil que permite todas as combinações e reinvenções, provando possuir uma adaptabilidade ilimitada, independentemente de qual seja a cultura dominante em cada época. Hoje, alguns dos locais onde se pode estudar com menor descontaminação as dimensões neo-egípcias, mas também neoclássicas, da cultura desse período de Setecentos, são os cemitérios, plenos de monumentos e imagens quimerizadas (a entrada para a Avenida Egípcia do cemitério londrino de Highgate é um admirável exemplo). Interstícios entre o centro e as margens, entre o real e o literário e entre a vida e a morte, os campos sepulcrários das nossas cidades sustentam uma atmosfera conducente às inconstantes invocações dos áugures e dos artistas. Estes são os espaços imaginais que a fotógrafa Gisela Monteiro inquietantemente interrogou.
Decisivas, estas enfeitiçantes vinte e duas fotografias que Gisela Monteiro tirou a emblemas da vida efémera, em vários cemitérios portugueses e estrangeiros, têm como múnus o repercutir de ressonâncias subversivas que se nutrem do silêncio e do mistério. A cognoscibilidade tipológica entre elas e as reminiscências taróticas é total: ao mesmo tempo que estes tumulares arcanos maiores se inserem naturalmente na tradição pictórica do Tarot iniciada no século XVIII, e nela procuram inspiração, regozijam com uma independência arisca às significações coriáceas com que esses modelos (Etteilla diria hieróglifos) têm sido expostos. São, portanto, etapas de uma demanda ourobórica, na qual se vai até à morte para voltar a entrar no princípio. Ao olhar para os nossos dormitórios definitivos, reintegrando-os, sem dissimulação, nesse espectro do oracular, eles vão ao encontro das perguntas que os mortos nunca deixaram de estar à espera que lhes fizéssemos – um ininterrupto e poroso relacionamento. O oráculo dos mortos de Gisela Monteiro é uma sensível tradução da linguagem com que nos fazemos entender pelos mortos: a da imaginação. Os mortos vivem em exclusivo na nossa cabeça, na selenita esfera dos sonhos, e só através do simbólico (como no caso do Tarot) se estabelece igualdade entre eles e nós. Enquanto houver vida, haverá mortos, pois sem memória eles não existem. São como cartas de um baralho: outrora nossos, porque nos foram dados no início da nossa vezada, perdemo-los entretanto no jogo que, justamente, também iremos perder. Cada um de nós é uma carta no jogo de alguém e a rede de significados e correspondências que se desencolhe entre todos os vivos e todos os mortos é, em simultâneo, sublime, trágica, banal e riquíssima. Omnímodo, Oraculum Mortuum: Um Tarot Tumular transmite-nos a mensagem que somente as pedras e as ideias, substâncias de densidades diametrais, resistem com robustez à corrosão dos séculos. Um prodigioso livro de imagens – para ver e para pensar.
David Soares
Lisboa, Setembro de 2014
Bibliografia:
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COURT DE GÉBELIN, Antoine – Le Monde Primitif Analysé et Comparé Avec le Monde Moderne (volumes V e VIII). Vallerye Senior, 1778-1781.
DECKER, Ronald, DEPAULIS, Thierry, DUMMETT, Michael – A Wicked Pack of Cards: The Origins of the Occult Tarot. Saint Martin’s Press, 1996.
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FRAZÃO, Fernanda – História das Cartas de Jogar em Portugal e da Real Fábrica de Cartas de Lisboa do Séc. XV Até à Actualidade. Apenas Livros, 2010.
HANEGRAAFF, Wouter, et al. (dir.) – Dictionary of Gnosis & Western Esotericism. Koninklijke Brill, 2006.
HUSON, Paul – Mystical Origins of the Tarot: From Ancient Roots to Modern Usage. Destiny Books, 2004.
MARQUES, A. H. de Oliveira – A Sociedade Medieval Portuguesa. Livraria Sá da Costa Editora, 1964.
PAIVA, José Pedro – Bruxaria e Superstição Num País Sem “Caça às Bruxas”, 1600-1774. Editorial Notícias, 2002.
SANTANA, Francisco – Bruxas e Curandeiros na Lisboa Joanina. Academia Portuguesa da História, 1997
0 - O Louco